OGX - Entenda o que está acontecendo com a empresa de Eike Batista


 03/11/0213 Por Diogo Andrade
        A empresa do ex-bilionário Eike Batista é o assunto da semana nas manchetes dos jornais, depois de uma série de oscilações e uma perda de valor sem precedentes na história, a empresa entrou com um pedido de recuperação judicial nesta quarta-feira (30).
        A recuperação judicial é uma medida legal destinada a evitar a falência, proporcionando ao empresário devedor a possibilidade de apresentar, em juízo, aos seus credores, formas para quitação do débito.
        Devido a toda essa série de informações que estão sendo divulgadas sobre a empresa de Eike, traremos aqui um breve resumo de como a petroleira chegou a tal situação e o que esperar daqui para frente em relação aos planos para recuperar a empresa.

"Ouro negro"
        Quando fundou a empresa, Eike já era bilionário e empresário consagrado no mercado brasileiro. Aos 21 anos abriu a primeira empresa, para vender ouro, a Autram Arem. No ramo da mineração ele ficou bilionário de forma surpreendente. No ano de 2007 ele fundou a OGX para explorar petróleo, o "ouro negro", e graças a tal investimento ganhou lugar entre os mais ricos do mundo na lista da revista Forbes.
         A OGX ainda em 2007 adquiriu seus primeiros blocos exploratórios com a aquisição de 21 lotes exploratórios na 9° rodada de licitações da ANP. Em 2008 abriu seu capital sem ter explorado uma única gota de petróleo com ação valorizada em 8,31% e capitação de mais de R$6 bilhões.


"Expansão ousada"
        Até o ano de 2011 a empresa formou parcerias com empresas do ramo e comprou participações em blocos exploratórios. Segundo o site El Economista América a empresa possui 31 blocos, sendo 26 no Brasil e 5 na Colômbia. Somente em 2012 que a OGX teve sua primeira geração de caixa com a exploração de petróleo, em seguida os investidores começaram a ficar atentos nos relatórios mensais da empresa, dando início as oscilações das suas ações na bolsa.
        Para bancar projetos caros e novas concessões, a petrolífera pediu empréstimos e emitiu títulos de dívida no exterior. Em 2011 a OGX vendeu títulos de dívida fora do País no valor de US$ 2,563 bilhões. No ano passado, emitiu mais US$ 1,063 bilhão.
        Os rebaixamentos seguidos instauraram uma crise de confiança entre a OGX e seus investidores, mas, a gota d'água da crise partiu da própria companhia, que no primeiro dia de julho divulgou um comunicado ao mercado informando que vai paralisar 3 projetos de exploração, e que a produção de Tubarão Azul pode terminar no próximo ano. A informação deixou os investidores em pânico e fez suas ações despencarem.
   
"Recuperação Judicial"
        Segundo o portal G1 da Globo, a petroleira OGX, controlada por Eike Batista, entrou na quarta-feira (30) com pedido de recuperação judicial. O pedido foi feito pelo advogado Sergio Bermudes.
A medida já vinha sendo aguardada pelo mercado, com a proximidade do fim do prazo para que a empresa agisse e evitasse um calote formal de sua dívida. O processo de recuperação judicial da petroleira é o maior da história de uma empresa latino-americana, segundo dados da Thomson Reuters.
        A recuperação judicial é um instrumento da legislação brasileira que permite que empresas que perderam a capacidade para pagar suas dívidas possam continuar operando enquanto negociam com seus credores, com a mediação da Justiça, para tentar evitar a quebra definitiva.
         Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o pedido deverá chegar na sexta-feira (1º) às mãos do juiz Gilberto Clóvis Farias Matos, da 4ª Vara Empresarial, que será responsável pelo processo.
         Se o pedido for aprovado pela Justiça, a OGX tem 60 dias para apresentar o plano de recuperação judicial ao juiz, ou pode ser decretada a falência. Apresentando o plano, o juiz vai divulgá-lo para que os credores se manifestem.  Se não houver oposição, ou seja, se ninguém disser não aceito, o juiz pode dar esse plano por definitivo.
         O prazo para que os credores aprovem esse plano é de 180 dias (também contados a partir do despacho do juiz). Se o plano não for aprovado em assembleia, a empresa quebra, e o juiz decreta falência. Aprovado o plano, ele é implementado e precisa ser seguido à risca.







fontes: http://www.eleconomistaamerica.com.br/empresas-eAm-brasil/noticias/4965359/07/13/Eike-Batista-Entenda-porque-a-OGX-esta-derretendo.html

http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2013/11/em-recuperacao-judicial-ogx-diz-que-pode-faturar-us-11-bi-com-campo.html
       
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