As ações da Americanas (AMER3) protagonizaram um movimento explosivo nesta terça-feira, 27, saltando 35% em menos de uma hora de negociação após o grupamento de ações. A reestruturação, que consolidou as ações na proporção de 100 para 1, já havia sido aprovada em maio, mas foi efetivada na segunda-feira, 26.
O pregão começou com a ação em leilão, atingindo uma alta inicial de 18,6% e sendo cotada a R$ 5,93. Rapidamente, a valorização se intensificou, alcançando R$ 6,75, um ganho de 35%. Em seguida, o papel continuou sua trajetória ascendente, chegando a subir 49% e sendo negociado a R$ 7,42 antes de recuar para R$ 7,09.
Apesar desse desempenho impressionante, a recuperação não compensa as perdas acumuladas no ano, que chegam a 92%. A ação, que chegou a ser cotada a R$ 0,05 antes do grupamento, viu seu valor despencar após a divulgação dos resultados do primeiro semestre e a liberação de um período de lockup para credores convertidos em acionistas no contexto do processo de recuperação judicial.
O movimento de alta desta terça-feira reflete as expectativas do mercado diante da nova fase da companhia, que busca se reerguer após meses de turbulências financeiras. Entretanto, a empresa ainda enfrenta desafios significativos, incluindo a reavaliação de suas projeções financeiras e a recuperação de sua credibilidade no mercado.
O cenário para a Americanas permanece complexo, com investidores atentos às próximas etapas do plano de reestruturação e à capacidade da companhia de retomar o crescimento sustentável. Enquanto isso, o Ibovespa operava estável, registrando uma leve alta de 0,01%, mostrando que o desempenho das ações da Americanas não conseguiu influenciar significativamente o índice.
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