Mesmo com juros ainda em patamar elevado e um cenário econômico global instável, o consumo das famílias brasileiras mostrou força e se consolidou como o principal motor do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2025.
Esse desempenho reflete a capacidade de adaptação do consumidor brasileiro, que tem ajustado seu comportamento de compra, priorizando produtos essenciais e aproveitando oportunidades de crédito e promoções. Mesmo diante de um custo de financiamento ainda alto, o consumo manteve-se firme, sustentando a atividade econômica em diversos setores, especialmente no varejo, alimentação, serviços e transporte.
De acordo com dados divulgados pela Agência Brasil e pelo UOL Notícias, a demanda doméstica foi determinante para o avanço de 0,4% do PIB no período em relação ao trimestre anterior. Esse crescimento, ainda que moderado, demonstra a resiliência estrutural da economia brasileira, sustentada pelo aumento da massa salarial, pela melhora gradual do emprego formal e pela expansão de programas de transferência de renda.
Outro fator que contribuiu para o bom desempenho foi o avanço da confiança do consumidor, que se manteve em trajetória ascendente durante o trimestre. Segundo especialistas, essa confiança tem relação direta com a estabilidade dos preços, a desaceleração da inflação e a percepção de melhora nas condições de crédito, ainda que de forma seletiva.
Além disso, o comércio eletrônico e os serviços digitais também tiveram papel importante nesse resultado. Com o fortalecimento das plataformas de compra online e o aumento do uso de meios de pagamento digitais, o consumo tornou-se mais ágil e acessível, ampliando o alcance de empresas e gerando um impacto positivo na circulação de bens e serviços.
Famílias sustentam o crescimento em meio a desafios
O consumo das famílias cresceu 0,5% no segundo trimestre, refletindo a melhora gradual no mercado de trabalho, o aumento da massa salarial e o impacto positivo de programas sociais e reajustes no salário mínimo.Mesmo com a taxa básica de juros (Selic) ainda em patamar elevado, o comportamento de consumo mostrou-se firme, impulsionado por setores como varejo, serviços, alimentação fora do lar e transporte.
Especialistas avaliam que parte desse desempenho decorre de uma recuperação da confiança do consumidor e de um ambiente de crédito mais acessível em segmentos específicos, especialmente para compras de menor valor e crédito consignado.
“O consumo tem sido um ponto de apoio importante para manter o crescimento econômico, principalmente em um contexto em que os investimentos ainda caminham de forma moderada”, destacou um economista ouvido pela Agência Brasil.
Serviços e indústria também avançam
Além do consumo doméstico, a economia contou com contribuições positivas de outros setores. O setor de serviços, responsável por mais de 70% do PIB brasileiro, registrou alta de 0,6%, refletindo o aquecimento em atividades ligadas ao turismo, tecnologia e serviços financeiros.A indústria também apresentou crescimento de 0,5%, impulsionada pela retomada da produção de bens de consumo duráveis e pela expansão do setor de construção civil.
Em contrapartida, a agropecuária teve leve retração de 0,1%, resultado de fatores climáticos e da sazonalidade de algumas culturas.
Expectativas para o segundo semestre
As perspectivas para os próximos meses seguem moderadamente otimistas. De acordo com o Boletim Focus do Banco Central, o mercado financeiro projeta um crescimento do PIB em torno de 2,1% para 2025, sustentado pela recuperação do crédito, pelo aumento da renda e pela expansão da construção civil.
O governo também aposta em políticas de estímulo ao investimento produtivo e em medidas voltadas à redução do endividamento das famílias, o que pode fortalecer ainda mais o consumo interno.
Analistas ressaltam que a manutenção da inflação sob controle e a expectativa de novos cortes na Selic podem criar um ambiente mais favorável à expansão da demanda no segundo semestre.
O governo também aposta em políticas de estímulo ao investimento produtivo e em medidas voltadas à redução do endividamento das famílias, o que pode fortalecer ainda mais o consumo interno.
Analistas ressaltam que a manutenção da inflação sob controle e a expectativa de novos cortes na Selic podem criar um ambiente mais favorável à expansão da demanda no segundo semestre.
O papel do consumo interno na economia brasileira
O consumo das famílias tem historicamente um peso expressivo na economia brasileira — representando cerca de 60% do PIB nacional.
Esse protagonismo ajuda a explicar por que mesmo pequenas variações na renda e no crédito impactam diretamente o desempenho econômico geral.
Em 2025, o comportamento do consumidor se mostra mais racional e seletivo, com preferência por produtos de maior valor agregado e marcas de confiança, além do crescimento das compras online e do consumo de experiências.
Essa combinação entre maior poder de compra e adaptação ao novo cenário econômico reforça a importância do consumo interno como motor central do crescimento sustentável do país.
Em 2025, o comportamento do consumidor se mostra mais racional e seletivo, com preferência por produtos de maior valor agregado e marcas de confiança, além do crescimento das compras online e do consumo de experiências.
Essa combinação entre maior poder de compra e adaptação ao novo cenário econômico reforça a importância do consumo interno como motor central do crescimento sustentável do país.
Conclusão
O avanço do consumo das famílias no segundo trimestre de 2025 confirma que, mesmo diante de juros ainda elevados, a demanda doméstica segue sendo o principal pilar da recuperação econômica brasileira. Esse movimento reforça o papel do consumidor como força estabilizadora em um cenário de transição monetária e ajuste fiscal.
Agora, já em outubro de 2025, o país se aproxima do fim do ano com perspectivas mais sólidas. A combinação entre inflação sob controle, melhora gradual do crédito e redução progressiva da taxa Selic tem criado um ambiente mais propício para o consumo e os investimentos.
O mercado de trabalho também contribui positivamente, com crescimento do emprego formal e aumento real da renda média, fatores que fortalecem o poder de compra das famílias. Ao mesmo tempo, empresas do varejo e do setor de serviços relatam maior movimentação nas vendas e no faturamento, sinalizando um quarto trimestre mais dinâmico.
📈 Redação Finanças e Cia News
