Banco do Brasil Anuncia Lucro Líquido Ajustado de R$ 9,5 Bilhões no Segundo Trimestre



O Banco do Brasil (BBAS3) reportou um lucro líquido ajustado de R$ 9,5 bilhões no segundo trimestre, representando um aumento de 8,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado superou as expectativas de analistas, que previam um lucro de R$ 9,241 bilhões.

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) do banco foi de 21,6%, ligeiramente abaixo dos 21,7% do primeiro trimestre, mas acima dos 21,3% registrados no ano anterior. A margem financeira bruta totalizou R$ 25,5 bilhões, um crescimento de 11,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil teve um crescimento de 13,2%, alcançando R$ 1,18 trilhão. Em resposta ao desempenho robusto, o banco revisou suas projeções para 2024, agora esperando um crescimento na margem financeira bruta entre 10% e 13%, em comparação com a estimativa anterior de 7% a 11%.

Além disso, o banco estatal aumentou suas previsões para provisões de créditos de liquidação duvidosa (PCLD) ampliada, ajustando a faixa de R$ 27 bilhões a R$ 30 bilhões para R$ 31 bilhões a R$ 34 bilhões, após registrar uma provisão de R$ 16,3 bilhões no primeiro semestre.

As expectativas para a expansão da carteira de crédito, entre 8% e 12%, e para o lucro líquido ajustado, entre R$ 37 bilhões e R$ 40 bilhões, permanecem inalteradas. O Banco do Brasil continua a superar as previsões do mercado, com um lucro líquido recorrente de R$ 9,502 bilhões no segundo trimestre, ultrapassando a média projetada de R$ 9,13 bilhões.

O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) foi de 21,6%, superando a média estimada de 20,65%, embora inferior ao índice do Itaú Unibanco (22,4%), mas superior ao do Santander (15,5%) e Bradesco (10,8%).

A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil cresceu 3,9% no trimestre e 13,2% no último ano, atingindo R$ 1,182 trilhão em junho. O "efeito Javier Milei" contribuiu para esse desempenho, com a margem financeira crescendo 11,6% em relação ao segundo trimestre de 2023, somando R$ 25,549 bilhões, impulsionada pela variação cambial e maior margem do Banco Patagonia.

A receita com prestação de serviços também aumentou 6,7% em comparação ao mesmo período do ano passado, atingindo R$ 8,845 bilhões. No entanto, o índice de inadimplência subiu para 3,0%, refletindo uma deterioração esperada, especialmente no segmento de pequenas e médias empresas (PMEs).

As provisões para perdas no crédito aumentaram 8,8% nos últimos 12 meses, totalizando R$ 7,807 bilhões, com expectativas revisadas para 2024 indicando provisões entre R$ 31 bilhões e R$ 34 bilhões. As despesas operacionais aumentaram 4,9% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 9,245 bilhões.

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